O que diria Xavier de Maistre
deste quarto tão branco de sentidos,
destes muros caiados milimetri-
camente seccionados e erigidos
sem o menor resquício de peut-être?
Imunes ao sujeito e a seus ruídos,
suas paredes não terão ouvidos,
ou já não há segredo que as penetre?
E caso se atrevesse a olhar de perto
a cama feita, o livro desaberto
e o telefone fora da tomada,
entre as paredes onde a vida é inscrita,
encontraria o corpo que as habita
ou só mais uma concreção do nada?