Dormes, enfim. Dormem contigo as horas.
Bela na vida e, após a morte, bela,
em teu pescoço um cacho se enovela
como se te enlaçassem as auroras.
Extática, no entanto, ris... Ignoras
quem és, quem sou... E o riso teu regela
todo o meu ser, que sabe em ti aquela
que a alma das bestas e dos reis pastoras.
Anulo-me se o olhar pouso no teu,
tu te furtas a mim se a mim me invades
— Fora, a rósea falange nos reclama.
Perder-se em si: castigo de quem ama!
Como cantar, Deusa, a quem se perdeu
a ira, a seta e o colapso das cidades?