"Mas como és belo, amor, de não durares"
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Entre as sombras, o som ferruginoso
De um sabiá-laranjeira — pés esquivos
Na pele do mormaço. Asa e pouso.
Das horas cativados, não cativos,
Sigamos, breve amor: mais venturoso
Que sermos imortais é estarmos vivos.