Não chore aos pés de meu jazigo:
Lá não estou; lá não me abrigo.
Eu sou mil ventos sem destino,
Da neve o brilho diamantino,
Raios de sol sobre a colheita,
Águas que o doce outono deita.
Quando acordar, na paz de um novo dia,
Serei a dança fugidia
Em espiral de aves no céu,
E estrelas sobre o negro véu.
Não chore, enfim, não chore ali:
Lá não estou. Eu não morri.
*
Do not stand at my grave and weep
I am not there. I do not sleep.
I am a thousand winds that blow.
I am the diamond glints on snow.
I am the sunlight on ripened grain.
I am the gentle autumn rain.
When you awaken in the morning's hush
I am the swift uplifting rush
Of quiet birds in circled flight.
I am the soft stars that shine at night.
Do not stand at my grave and cry;
I am not there. I did not die.