EMPTY CHAIRS AT EMPTY TABLES
There's a pain goes on and on.
Empty chairs at empty tables,
Now my friends are dead and gone.
Here they talked of revolution,
Here it was they lit the flame,
Here they sang about tomorrow
And tomorrow never came.
From the table in the corner,
They could see a world reborn,
And they rose with voices ringing,
And I can hear them now;
The very words that they had sung
Became their last communion
On this lonely barricade, at dawn.
Oh my friends, my friends forgive me
That I live and you are gone
There's a grief that can't be spoken,
There's a pain goes on and on...
Phantom faces at the window,
Phantom shadows on the floor,
Empty chairs at empty tables
Where my friends will meet no more.
Oh my friends, my friends, don't ask me
What your sacrifice was for
Empty chairs at empty tables
Where my friends will sing no more.
***
O SILÊNCIO DESTAS MESAS
Uma dor no coração:
Ao silêncio destas mesas,
Eles nunca voltarão...
Foi aqui que em cada peito
A revolta se inflamou;
O Amanhã todos cantavam,
E o Amanhã jamais chegou.
Desta mesa, um mundo inteiro
Eles viram renascer;
Cada voz que aqui se erguera,
Posso ouvir afinal;
O que restou de uma canção,
Da extrema comunhão
Nas trincheiras ao nascer do sol.
Meus amigos, me perdoem
Que hoje eu viva, e vocês não;
Há uma angústia amarga e rouca,
Há um pesar no coração.
Eis seus rostos nas janelas,
Eis suas sombras sobre o chão;
No silêncio destas mesas
Nunca mais se encontrarão...
Ó irmãos, irmãos, não veem
Que o seu sacrifício é vão?
O silêncio destas mesas
Encerrou nossa canção.
09 / 2017