"Quem eu sou?", brada a voz como do fundo
de um poço; e então se alastra e se dissipa,
e se dissipa; e se dissesse qualquer outra
coisa – gritasse, esperneasse –, pouco
por fim viria à tona, à superfície
da piscina de medo em que me inundo.
"Eu sou?", responde a voz bem lá no fundo.
05 / 2015