sábado, 29 de novembro de 2014

Epitáfio

("Still-Life with a Skull" - Philippe de Champaigne)


Quando eu morrer, quem sabe de cansaço,
Me venha a Morte estando o sol já posto,
Que, cego, sem lhe ver sequer o rosto,
Não temerei quando estender-me o braço;

Quando eu morrer, quem sabe de desgosto,
Esteja o coração penoso e lasso,
Que, insensível à falta de um regaço,
Farei da Morte o trilho bem-disposto;

Quando eu morrer, enterrem-me a carcaça
Num túmulo que aos pés do mar descansa
E escrevam de epitáfio: "TUDO PASSA",

Que, estando meu cadáver já desfeito,
Repousarei com os sonhos e esperanças
Há muito sepultados em meu peito.



08 / 2014

terça-feira, 25 de novembro de 2014

"Por que, esta noite, eu ri?", de Keats.


domingo, 23 de novembro de 2014

Inaugurando

Começo mais um blog pessoal, que não sei por quanto tempo irá durar.
O que pretendo publicar? No geral, poemas de minha lavra, traduções, exercícios de metrificação etc.
O título do blog eu roubei da Epígrafe de Bandeira.
Não sou muito bom com introduções (talvez por isso eu nunca tenha conseguido escrever um livro).
A vantagem de se ter um blog é poder editar as postagens o quanto quiser: quem sabe um dia, então, encontremos aqui um bom texto de inauguração. Hehe.