sábado, 1 de outubro de 2016


Não era amor. Se agora me perguntas
o sentido de toda esta jornada
em que permanecemos de mãos juntas,
cegos e nus, seguindo rumo a nada,

respondo-te: não era amor. Em cada
pedra, um veio de sangue; em cada espinho,
uma só carne; ao solo, uma pegada
só, do início ao fim deste caminho,

mas não amor. Éramos um, sozinho.