sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Mary Elizabeth Frye: em ocasião do Dia de Finados.




Não chore aos pés de meu jazigo:
Lá não estou; lá não me abrigo.
Eu sou mil ventos sem destino,
Da neve o brilho diamantino,
Raios de sol sobre a colheita,
Águas que o doce outono deita.
Quando acordar, na paz de um novo dia,
Serei a dança fugidia
Em espiral de aves no céu,
E estrelas sobre o negro véu.
Não chore, enfim, não chore ali:
Lá não estou. Eu não morri.

*

Do not stand at my grave and weep 
I am not there. I do not sleep. 
I am a thousand winds that blow. 
I am the diamond glints on snow. 
I am the sunlight on ripened grain. 
I am the gentle autumn rain. 
When you awaken in the morning's hush 
I am the swift uplifting rush 
Of quiet birds in circled flight. 
I am the soft stars that shine at night. 
Do not stand at my grave and cry; 
I am not there. I did not die.